Após anos subutilizado, finalmente o Autódromo Municipal José Carlos Pace, em Interlagos, na Zona Sul, ganhou o protagonismo que merece, graças aos investimentos que vêm sendo feitos pela Prefeitura para torná-lo mais moderno e dinâmico. Somente neste ano são R$ 163,6 milhões e quem for assistir ao Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, entre os dias 1º e 3 de novembro, vai encontrar a pista totalmente recapeada e uma estrutura mais moderna.
“Isso aqui virou uma máquina, uma máquina de geração de empregos, uma máquina de geração de renda, de movimentação econômica, e uma máquina de levar o nome da cidade de São Paulo para o mundo”, disse o prefeito Ricardo Nunes ao apresentar as reformas feitas no local. “Saímos de um equipamento deficitário para hoje termos um equipamento que gera emprego, gera renda e gera receita para a cidade”, destacou Nunes.
Na edição de 2023, o impacto econômico foi estimado em R$ 1,64 bilhão, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ano passado, 77% do público era de fora da capital, com 32,1% da Grande São Paulo, 32,7% de outros Estados e 12,2% de turistas estrangeiros, segundo pesquisa do Observatório de Turismo e Eventos (OTE), vinculado à São Paulo Turismo (SPTuris).
Entre as melhorias realizadas para tornar o autódromo ainda mais atrativo, destaca-se o recapeamento completo da pista para garantir a aderência ideal, segurança dos pilotos e condições de alta performance para a corrida da Fórmula 1. A última obra desse porte na pista ocorreu há 10 anos.
Atualmente, estão em fase final as intervenções que visam adequar a pista e o “pit lane” (pista auxiliar que dá acesso aos boxes) às exigências da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), além da reforma e manutenção das instalações permanentes, que incluem os boxes, área do paddock, edifício de apoio, centro de controle operacional, área de imprensa, arquibancadas, entre outros.
Outras intervenções importantes incluem a revisão dos dispositivos de segurança, que compreendem barreiras de pneus, defensas metálicas, alambrados, lavadeiras e pintura antiderrapante nas áreas de escape, essenciais para a proteção dos pilotos. Também estão sendo realizadas manutenções abrangentes nas instalações permanentes, com serviços de pintura e revisão das instalações elétricas, hidráulicas, pisos, forros, esquadrias e sistemas de gases e ar comprimido.
Todas essas melhorias reforçam o compromisso da Prefeitura em modernizar um dos circuitos mais emblemáticos do calendário mundial, consolidando São Paulo como um destino global de destaque no automobilismo.
Modernização e novos espaços
O autódromo também está ganhando um novo acesso e um novo Hospitality Center (HC). O antigo HC foi demolido e já está dando lugar à nova megaestrutura, construída na parte posterior do paddock, com 22 mil metros quadrados, dividida em três pavimentos, que terá capacidade para receber até 6 mil pessoas com total conforto e segurança. Para o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, uma área de 12.240 metros quadrados no novo HC estará concluída.
Outra novidade é a construção de um acesso subterrâneo com 360 metros de extensão sob a reta oposta, próximo ao portão G. O túnel, que será concluído até abril de 2025, irá facilitar o trânsito de grandes estruturas, caminhões e do público ao interior do circuito, sem a necessidade de atravessar a pista, proporcionando maior fluidez e segurança.
Além dessas inovações, quem for ao autódromo para assistir ao GP deste ano poderá acompanhar várias homenagens a Ayrton Senna, cuja morte faz 30 anos em 2024. O público também encontrará uma Fanzone no kartódromo Ayrton Senna, um espaço de convivência e entretenimento com uma programação intensa, incluindo shows de Alok, Jorge Aragão e do grupo SIBC com Serjão Loroza, além de DJs, talks com pilotos, simuladores de F1 e telões para acompanhar as atividades da pista. Também haverá pontos de venda de alimentos, bebidas e produtos licenciados.
Alan Adler, CEO do GP de São Paulo, apresentou também inovações relacionadas ao meio ambiente. “Gostaríamos de pontuar a promessa que fizemos no ano passado de entregar uma usina nova, fotovoltaica, para o GP, para Interlagos. Essas instalações estão completas, são mais de cem painéis, com uma produção de 7 mil KW/hora, que vão atender diretamente as arquibancadas B, Pit Stop e a tribuna”, explicou.
A expectativa é de que a usina promova uma redução de emissões em torno de 30% a 50%. Também foi feita uma central de triagem de resíduos para todos os eventos do autódromo. “Será permanente e vai gerar renda na comunidade. Acho que é um golaço para o autódromo, com um investimento de 13 milhões de reais. Na construção dessa usina também foram usados blocos de plástico reciclado. É um compromisso que temos com o planeta”, destacou Adler.