À frente de um dos maiores cronogramas de obras já estabelecidos na cidade, a Prefeitura de São Paulo inovou e tem investido de forma inédita no maior programa de recuperação e manutenção de pontes, viadutos, pontilhões, passarelas e túneis da capital. Com investimento de R$ 1,64 bilhão, a administração está trabalhando na recuperação de grandes estruturas por onde circulam diariamente 7 milhões de veículos. Desde 2021, já são 40 grandes obras finalizadas, além de 58 em execução e outras 25 acabam de ser incluídas num processo que somará intervenções em 390 unidades durante toda a gestão.
Também já foram publicadas as licitações para intervenções em 33 pontes, viadutos ou túneis e estão em fase de elaboração os editais de licitação para a contratação de obras em 198 unidades estruturais. Ao mesmo tempo em que realiza as obras, a Prefeitura está intensificando as vistorias mais detalhadas nessas estruturas em toda a cidade. Desde 2021, já foram feitas inspeções especiais em 312 estruturas. Até o final do ano que vem serão executadas inspeções especiais em 644 unidades estruturais.
O trabalho, que acontece em todas as regiões da cidade, consiste numa série de importantes intervenções, sempre após uma avaliação aprofundada da situação de cada estrutura. As obras vão desde pavimentação até troca e manutenção de estacas, vigas e pilares. Já foram corrigidos, apenas de 2021 para cá, mais de 50 mil metros de fissuras e substituição de mais de 2 mil metros de juntas de dilatação, que são espaçamentos que permitem a expansão térmica natural das placas de concreto. Para a realização dos trabalhos, foram utilizados 300 aparelhos de suporte para sustentar os pilares durante as intervenções. Além disso, foi feita a pintura de 60 mil metros quadrados de pontes, viadutos, túneis e passarelas.
Em uma cidade com 12 milhões de habitantes e uma das maiores frotas do mundo, a recuperação e manutenção dessas estruturas são fundamentais para proporcionar maior segurança para a população, além de melhorar a fluidez do tráfego, por reduzir congestionamentos e contribuir para a mobilidade urbana.
“Nosso objetivo agora é fazer as ações preventivas, não esperar acontecer o problema para poder fazer alguma ação. Tem sido assim nas grandes obras de drenagem, contenção de encostas”, disse o prefeito Ricardo Nunes durante a coletiva em que anunciou o início das novas obras.
O programa de ações preventivas e corretivas também gera economia de recursos públicos, além de garantir o prolongamento da vida útil dessas estruturas. Outro aspecto importante é o estímulo à economia local, considerando que as obras geram 7.250 empregos diretos e 36.250 indiretos até 2024, impulsionando diversos setores da indústria e do comércio.
“Aqui na cidade eram realizadas apenas obras pontuais, quando surgia algum problema, sem um programa dessa magnitude voltado para a prevenção. Começamos com as maiores pontes e viadutos, aquelas mais antigas, em estado maior de deterioração, e agora contemplamos todas as pontes e viadutos da cidade”, disse o secretário de Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), Marcos Monteiro.
Nos dois primeiros anos foram empenhados R$ 340 milhões no programa. Entre 2023 e 2024, está previsto mais R$ 1,3 bilhão. Assim, a gestão municipal totalizará R$ 1,64 bilhão em investimentos neste programa.