Ações vão se somar às outras medidas já adotadas pela Prefeitura contra o mosquito; média de casos na cidade é 62% menor que o índice nacional
O prefeito Ricardo Nunes anunciou nesta quarta-feira (13) incremento de R$ 240 milhões no investimento na intensificação das ações de combate à dengue, que incluem a ampliação do horário de funcionamento das AMAs, contratação de 500 médicos para reforçar o atendimento nas unidades de saúde, mais 30 caminhonetes para nebulização e a inclusão de 3.200 agentes do (POT) Programa Operação Trabalho, 100 em cada uma das 32 subprefeituras, para intensificar os trabalhos realizados pela Prefeitura no combate à dengue.
O prefeito Ricardo Nunes ressaltou a importância desses agentes para a conscientização da população. “Sabemos que 80% dos casos de dengue estão dentro das residências. A conscientização, o trabalho das pessoas de cuidarem para eliminar as águas paradas e, portanto, possíveis locais de criadouro, são as maiores ferramentas para a gente combater a dengue”, afirmou o prefeito durante o anúncio das medidas na UBS Jardim Colombo, na Zona Oeste.
Durante a apresentação, o prefeito também ressaltou importância de a população informar à Prefeitura sobre a existência de possíveis criadouros do mosquito. Para isso, devem enviar uma mensagem para o Whatsapp do 156 (11 937123805) com os dados do local de criadouro. A Prefeitura envia as equipes ao local em um prazo de 48 horas para fazer as ações necessárias. Para fiscalizar possíveis focos de dengue na cidade, os cidadãos podem fazer a solicitação por meio dos canais oficiais da Prefeitura 156 ou diretamente no site.
Além disso, para reforçar trabalho de esclarecimento e conscientização da população, haverá o apoio de 6,5 mil mães contratadas pelo POT Mães Guardiãs, que terão curso de capacitação para orientação nas escolas municipais e, assim, agirem como agentes multiplicadores.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, 3.200 mulheres estão sendo contratadas especificamente para ação. “São 100 mulheres por subprefeitura e essas mulheres vão se juntar ao Programa Operação Trabalho (POT) recebendo R$ 988 para trabalhar quatro horas por dia nesta estratégia de conscientização”, explicou Aline.
Reforço
O prefeito ressaltou a importância dessas medidas, com ações preventivas, de atendimento e no acompanhamento dos pacientes, mesmo com a cidade tendo “menos da metade dos casos no comparativo ao que está no acontecendo no Estado e no país no número de notificações de pessoas infectadas e óbitos”. “Nós vamos fazer tudo o que for necessário para combater a dengue. A cidade está sempre na vanguarda e trabalhando para diminuir os casos”, enfatizou o prefeito.
Com as novas medidas, a capital passa a contar com 96 veículos equipados com nebulizadores de inseticida (fumacê) contra o mosquito Aedes aegypti – atualmente são 66. O inseticida (Cielo) será fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde e a aplicação será feita pelos agentes da vigilância municipal, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde.
A partir de segunda-feira (18), as 80 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) passam a ter três horas a mais de atendimento todos os dias, ficando abertas até as 22h. Também haverá reforço na campanha de conscientização, com faixas em cruzamentos de vias, terminais de ônibus e dentro dos coletivos.
A gestão municipal já vem ampliando a infraestrutura de combate à dengue em toda a cidade. Por meio da Secretaria Municipal da Saúde, a gestão tem utilizado novas tecnologias e equipamentos, e aumentou o número de agentes de saúde em ações contra o mosquito Aedes aegypti nas ruas e nas casas. Neste ano, mais de 3 milhões de ações já foram realizadas no município de São Paulo. Em 2023, foram 5 milhões durante o ano.
A Prefeitura também aumentou em seis vezes o número de agentes nas ruas, de 2 mil para 12 mil, além do uso de drones que mapeiam e outros que lançam larvicidas em áreas de difícil acesso. Veja mais aqui.
O secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, ressaltou que, graças às ações de reforço no combate à doença realizadas pela Prefeitura desde janeiro, a cidade de São Paulo está com um coeficiente de incidência (CI) 62% menor na comparação com a média do Brasil e 31% menor com relação ao Estado. “Tivemos bastante sucesso na prevenção desde o ano passado e fomos até punidos por conta disso. Fomos eficientes, mas o Ministério da Saúde achou que São Paulo não precisava receber a vacina da dengue”, disse Zamarco.
O boletim epidemiológico está disponível no link.
Nova tecnologia
A secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, Sandra Sabino Fonseca, explicou a modernização da tecnologia para a nebulização, que consiste na aplicação de inseticida com muito baixo volume de inseticida, em dosagem não prejudicial a pessoas e animais, e que tem por objetivo matar os mosquitos adultos possivelmente infectados com o vírus da dengue.
“Nossa tecnologia mudou. Antigamente o carro passava fazendo muito barulho e expelia uma fumaça de óleo queimado, pois o veneno era diluído em óleo. Era muito visível, tinha mau-cheiro e as equipes vinham com o megafone informando, pois era uma ação mais tóxica para o meio ambiente, era visível e a gente precisava abrir as casas para a fumaça penetrar”, explicou Sandra. “Hoje, a gente usa equipamentos de nebulização mais potentes, o veneno é diluído em água e borrifar na atmosfera sem cheiro, não é visível, mas tem uma força muito grande”, completou.
Novas ações realizadas pela Prefeitura de São Paulo no enfrentamento à dengue:
• Ampliação no horário de atendimento em todas as 80 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). A partir de segunda-feira, dia 18, essas unidades passam a ter três horas a mais de atendimento todos os dias, ficando abertas até 22h
• Reforço de 3,2 mil mulheres contratadas pelo Programa Operação Trabalho (POT). Elas passarão por treinamento e estarão distribuídas nas 32 subprefeituras
• Apoio de 6,5 mil mães contratadas pelo POT Mães Guardiãs que terão curso de capacitação para orientação nas escolas municipais
• Mais 30 veículos de nebulização, elevando o número total para 96
• Reforço na campanha de conscientização, com faixas em cruzamentos de vias, terminais de ônibus e dentro dos coletivos
• Novas tendas para atendimento de pessoas com sintoma, em Itaquera e São Miguel Paulista
Principais ações que já vêm sendo realizadas pela Prefeitura:
• Mais de 3 milhões de ações de combate à dengue realizadas de domingo a domingo na capital em 2024, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, bloqueios e nebulizações;
• Aumento em seis vezes do número de agentes nas ruas, que passou de 2 mil para 12 mil;
• Participação no Dia D estadual (1/3) em parceria com as escolas municipais e estaduais para sensibilização da comunidade sobre a doença e prevenção;
• Participação no Dia D nacional com ações nos territórios (2/3);
• Mais de 1 milhão de folders orientativos distribuídos nas escolas;
• 703 profissionais contratados por meio de concurso público para as Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis);
• Mapeamento aéreo de imóveis e terrenos com 26 drones em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM); desde o início dessa operação, mais de 400 locais foram mapeados e 100, nebulisados em uma semana
• Cinco drones para aplicação de larvicidas em locais de difícil acesso pelos agentes de saúde, como imóveis e terrenos com possíveis focos de dengue, previamente monitorados, registrados e referenciados em toda a cidade de São Paulo;
• 200 equipamentos motorizados costais para nebulização;
• 30 mil litros de inseticida adquiridos pelo município direto do fornecedor entre 2022 e 2023;
• Instalação de duas tendas para o atendimento específico dos pacientes com sintomas da dengue: uma em Itaquera – ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 26 de Agosto; a segunda anexa à UPA Tito Lopes.
• 400 mil testes de dengue comprados pela Prefeitura; todas as 471 Unidades Básica de Saúde oferecem a testagem gratuitamente
• 20 mil armadilhas distribuídas em residências e pontos comerciais em toda a cidade
Prevenção
A Prefeitura reforça a importância do apoio da população no combate à dengue. O munícipe deve verificar locais em sua residência, se não está deixando recipientes e/ou reservatórios de água que possam impactar na propagação da doença.
Cuidados
As unidades de saúde municipais realizam atendimento a pacientes que apresentam sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, e estão abastecidas com testes rápidos para a doença, que são feitos conforme avaliação clínica.
Atendimento
Os cidadãos podem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência na plataforma Busca Saúde, disponível no link.